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Negócios

Ambiente digital ainda é pouco aproveitado por pequenos empreendedores

Gerente de Marketing do Google Brasil, Christiane Silva Pinto diz que negócios menores deixam de usar até mesmo ferramentas gratuitas

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Ambiente digital ainda é pouco aproveitado por pequenos empreendedores

Empresa sem presença digital está perdendo oportunidades, diz Christiane Silva Pinto
(Foto: Lu Aith)

Focadas em estabelecimentos físicos, as pequenas empresas ainda perdem muitas oportunidades por falta de conhecimento sobre as ferramentas e os recursos que podem potencializar os negócios no ambiente digital. A despeito de a pandemia ter acelerado a digitalização dos empreendimentos, o desconhecimento sobre soluções disponíveis na web, inclusive as gratuitas, ainda impera entre os pequenos empreendedores. É o que diz a gerente de Marketing do Google Brasil, Christiane Silva Pinto.

Em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Christiane indica que, como muitas pessoas aderem ao empreendedorismo por necessidade – isto é, por não conseguirem um emprego formal –, o espaço digital, do ponto de vista dos negócios, ainda “é bastante imaturo” no Brasil.

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“O pequeno e o microempreendedor, muitas vezes, pensam a presença digital do negócio a partir de um ponto de vista muito pessoal”, pontua, ressaltando a falta de estratégia profissional. “[Com isso,] acabam perdendo muitas oportunidades no digital por causa deste desconhecimento, desta falta de informação”, acrescenta.

Na entrevista, que faz parte da série UM BRASIL e BRASA EuroLeads – um novo olhar sobre o Brasil, com apoio da Revista Problemas Brasileiros (PB), a gerente do Google no País também salienta que as pequenas empresas, mesmo quando possuem plataformas na internet ou perfis nas redes sociais, deixam passar ferramentas gratuitas capazes de atrair novos clientes e de conectá-las com o público consumidor.

Além disso, Christiane destaca que a pandemia fez o consumidor se familiarizar com as compras pela internet e, consequentemente, reavaliar as eventuais saídas de casa. Segundo ela, no Brasil, 90% dos internautas utilizam mecanismos de buscas antes de comprar um produto.

“Se as empresas não estão [na internet] no momento em que estes possíveis clientes estão buscando, é uma oportunidade perdida de negócio. E sabemos que não estamos podendo nos dar ao luxo de perder uma oportunidade de fechar um negócio”, reforça. “Então, estar no digital significa mais sustentabilidade para os pequenos [empreendedores]”, complementa.

Empreendedorismo negro

Christiane também é fundadora do AfroGooglers, comitê responsável por promover a conscientização sobre justiça social e estimular o recrutamento e o desenvolvimento de pessoas negras na gigante de tecnologia.

Ela destaca que, em geral, um dos setores mais afetados pela pandemia de covid-19 foi o das pequenas empresas. Como o empreendedorismo brasileiro é substancialmente motivado pela necessidade de se obter renda, a maioria dos pequenos empreendedores é negra – e, dentro deste grupo étnico da sociedade brasileira, a maior parte é mulher.

“Estamos falando de uma comunidade que, infelizmente, tem menos acesso a educação de qualidade, empregos mais bem remunerados e crédito”, pontua Christiane.

“A grande maioria dos empreendedores negros não lucra. O faturamento é um terço do faturamento médio de empreendedores brancos – pior ainda para as mulheres negras”, conclui.

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