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Economia

Igualdade de oportunidades começa na escola, avaliam jovens empreendedores sociais

Tábata de Pontes, Pedro de Cristo e Daniel José de Oliveira falam ao UM BRASIL sobre a educação pública no País

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Igualdade de oportunidades começa na escola, avaliam jovens empreendedores sociais

"O que transformou a minha vida foi a educação. Vi que esse era o caminho das mudanças no Brasil”, afirma a empreendedora social Tábata de Pontes
(Foto/TUTU)

As oportunidades que a educação pode dar aos jovens brasileiros são o tema que move o trabalho de três empreendedores sociais: a fundadora do Mapa Educação e do Movimento Acredito, Tábata Amaral de Pontes; o fundador e presidente do Instituto Brasil 21, Pedro Henrique de Cristo; e o economista e consultor de educação Daniel José de Oliveira. Em debate promovido pelo UM BRASIL em parceria com o Colégio Bandeirantes e mediado pela jornalista Maria Cristina Poli, eles falam de suas trajetórias, analisam o cenário político e discutem soluções para que o Brasil se torne um país de oportunidades iguais para todos.

“Muito mais que acesso a saúde, educação e segurança, [a diferença entre a escola que frequentei na periferia e no centro era] o tamanho de possibilidades e oportunidades que uma pessoa tinha. Eu vinha de um contexto no qual se sonhava em comprar uma moto, trabalhar no shopping e construir uma família. O problema não está nesses sonhos em si, mas no tamanho dos sonhos e nas possibilidades que cada um enxerga para si”, afirma Tábata Amaral de Pontes, de 23 anos, que vem do bairro de Vila Missionária, no extremo sul da cidade de São Paulo. “Eu [ao mudar de escola por causa de uma bolsa de estudos] cheguei num ambiente onde se sonhava em cursar uma faculdade pública, ser astronauta, engenheiro, médico. Onde as pessoas sabiam das oportunidades que tinham no mundo e podiam escolher seus caminhos”, completa.

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“Essa era a maior desigualdade. E o que transformou a minha vida foi a educação. Vi que esse era o caminho das mudanças no Brasil”, afirma a empreendedora social.

“Se não existisse a morte, ninguém educava ninguém, não se passaria o conhecimento para as novas gerações. Por que a morte existe, somos forçados a educar os jovens”, complementa Pedro de Cristo, presidente do Instituto Brasil 21.

Sobre a política e sua relação com o cenário brasileiro, ele defende que só é possível propor transformações se vivenciarmos a realidade em sua totalidade. “Se você não for à favela, não está representando o Brasil, está falando de um ideal que você quer ver, mas não está praticando”, explica. “Já a nova política de que estamos falando propõe que a fala e a prática têm de ser a mesma coisa”, justifica. Segundo ele, as evidências científicas comprovam que precisamos de incentivos para que os talentos que têm esforço possam florescer e brilhar no Brasil, não se deve acreditar apenas no esforço individual para a transformação do contexto.

Já para Daniel de Oliveira, esforço e oportunidade são pontos complementares para mudar a realidade da educação no País. “Todo mundo que já passou por dificuldades pensa também nesse lado social. Como posso ajudar crianças da minha região a crescer na vida, a tomar responsabilidade pela própria situação e ir para frente?”, recorda o economista e consultor em educação sobre suas motivações. “O esforço e a persistência é que vão determinar o que você vai ser na vida. Durante meus estudos na Universidade de Yale, fiz uma pesquisa percorrendo as 20 cidades com IDH mais baixo do Brasil (nos Estados do Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas) para tentar ver o que temos de mais atrasado e confrontar nossos maiores impasses para o desenvolvimento. Consegui ver por dentro como funciona o sistema educacional brasileiro e nossos desafios”, relata.

Confira o debate completo, que conta as experiências de cada um dos participantes, bem como a atuação desses jovens empreendedores para transformar a realidade brasileira:

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