Negócios
17/02/2023Lula nos Estados Unidos: mesmo sem medidas que beneficiem diretamente o setor empresarial, encontro fortalece relação entre países
FecomercioSP faz balanço da visita do presidente a Joe Biden
No último dia 10, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, em Washington D.C. (Estados Unidos), com o presidente Joe Biden. Conforme antecipado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), os temas centrais da pauta foram o fortalecimento da democracia e as mudanças climáticas.
Ambos conversaram por apenas 20 minutos. Na sequência, deram início a uma reunião com ministros. Do comunicado conjunto, destacam-se dois pontos que convergem com a agenda defendida pela FecomercioSP:
1) cooperações bilateral e multilateral em matérias como desmatamento, bioeconomia, energia limpa, entre outras iniciativas que promovam uma economia de baixo carbono. No comunicado, os Estados Unidos assumiram o compromisso de discutir com o Congresso norte-americano a destinação de recursos para preservação da Floresta Amazônica;
2) cooperação para desenvolver ações de estímulo a uma cadeia bilateral de fornecimento.
Na avaliação do Conselho de Relações Internacionais da Entidade, a despeito da ausência de medidas efetivas que beneficiem o empresariado, o encontro foi importante para “restabelecer” a relação com o país estadunidense, após um hiato de dois anos, desde que Biden passou a ocupar a presidência. Entretanto, o conselho lamenta a não menção, no comunicado conjunto, do apoio do país à entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Por fim, o presidente Biden aceitou o convite para visitar o País, algo que já ocorreria em 2024 graças à realização da reunião de cúpula do G-20, que acontecerá no Brasil. O Conselho de Relações Internacionais espera que, até lá, o Brasil possa aprofundar as discussões e negociar ações mais efetivas de facilitação de comércio e investimentos, com destaque para um acordo visando a evitar a dupla tributação. Esta é uma demanda antiga das empresas brasileiras que pode, inclusive, acelerar o fluxo de investimentos mútuos e fortalecer as relações internacionais.
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